04 julho, 2009

OFICINA 6 (Semana de 29/06 a 04/07)

TP4 - LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA I
O caderno de Teoria e Prática 4, tem como tema transversal a relação entre cultura e os usos sociais e as funções da escrita nos contextos em que vivemos e sua importância para o ensino. A relação entre a escrita que a escola prática e as necessidades sociais da escrita, ou seja, a escrita na perspectiva do letramento é destaque neste caderno. Os objetivos principais são: a reflexão sobre os usos e as funções da escrita nas práticas do cotidiano e a relação do letramento com as práticas culturais.
A partir da discussão de um tema transversal e da busca de novos conhecimentos utiliza diferentes textos e propõe as mais variadas possibilidades de atividades de leitura e escrita.
Dando continuidade ao estudo com os gêneros, trabalha o ensino da escrita como processo de produção e sua relação com situações sociocomunicativas reais. Este TP deixa claro que quando se trabalha com o processo, o ensino é construído gradativamente por meio de atividades que ajudam o aluno passo a passo a desenvolver a autoria, a organização, o planejamento e a revisão dos textos por ele produzido.
Em relação ao aspecto teórico, pode-se dizer que existe a falta de textos com maior fundamentação teórica em relação ao letramento.
As atividades atendem à proposta do Gestar e às necessidades dos cursistas, tanto as atividades do caderno de teoria e prática, quanto às dos AAAs.
Uma variedade de gêneros compõe o TP4, mas, apesar disso, existe uma grande diferença em relação ao TP3, que considerei como melhor em todos os aspectos.







CONSIDERAÇÕES





LEITURA DELEITE

Trecho do livro: Capitães da Areia 

João José, o professor, desde o dia em que furtara um livro de histórias numa estante de uma casa da Barra, se tornara perito nestes furtos. Nunca, porém, vendia os livros, que ia empilhando num canto do trapiche, sob tijolos, para que os ratos não os roessem. Lia-os todos numa ânsia que era quase febre. Gostava de saber coisas e era ele quem, muitas noites, contava aos outros histórias de aventureiro, de homens do mar, de personagens heroicos e lendários, historias que faziam aqueles olhos vivos se espicharem para o mar ou para as misteriosas ladeiras da cidade, numa ânsia de aventuras e de heroísmo. João José era o único que lia corretamente entre eles e, no entanto, só estivera na escola ano e meio. Mas o treino da leitura despertara  completamente sua imaginação e talvez fosse ele o único que tivesse uma certa consciência do heroico de suas vidas. Aquele saber, aquela vocação para contar histórias, fizera-o respeitado entre os Capitães da Areia, se bem fosse franzino, magro e triste, o cabelo moreno caindo sobre os olhos apertados e míope. Apelidaram-no de professor porque num livro furtado aprendera a fazer mágicas com lenços e níqueis e também porque, contando aquelas histórias que lia e muitas que inventava, fazia a grande e misteriosa mágica de os transportar para mundos diversos, fazia com que os olhos vivos dos Capitães da Areia brilhassem como só brilham as estrelas da noite da Bahia. (...)

Jorge Amado

GESTAR NA SALA DE AULA







AVALIAÇÃO







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